Quais os impactos da mudança na interface do Linkedin para os usuários?

Por Denise Maia


Divulgação: static.marianakalil.com.br


O Linkedin está de cara nova, mas não foi só a aparência que mudou, novas funcionalidades foram acrescentadas e outras deixaram de existir.

A especialista em social business da DMS, Denise Maia, uma das maiores experts de Linkedin do Brasil, que presta consultoria e treinamento para otimizar o uso desta ferramenta, esclarece como a nova interface da plataforma vai afetar na prática a vida dos usuários:

Baixo impacto

Quem não usava todos os recursos, acessava a plataforma só de vez em quando para buscar alguém, aceitava um ou outro convite, interagia com os outros contatos só quando precisava ou, quem for abrir uma nova conta, vai achar que o layout está bonito, que a interface está mais intuitiva e fácil de usar. Principalmente se acessar a rede pelo celular, porque os recursos são praticamente os mesmos pelo aplicativo.

Algumas funções na área de recolocação profissional já haviam mudado, então, as pessoas que utilizam o Linkedin para buscar oportunidades de trabalho também não sentirão muita diferença.

Alto impacto

Os usuários ativos no LinkedIn, principalmente aqueles que exploravam as buscas avançadas, são os que realmente sentirão os impactos da mudança. As ferramentas de buscas avançadas acabaram para as contas básicas (gratuitas).

Antes era possível localizar uma pessoa pelo cargo, por exemplo, sem ter uma conta paga e chegar rapidamente no CEO da empresa. Agora essa busca será mais demorada e em alguns casos impossível, porque terá que ser feita por uma palavra chave, que pode estar em qualquer lugar do perfil e não somente no cargo.

Os marcadores (tag) que permitiam classificar um usuário como amigo, colega ou qualquer outra classificação, simplesmente, desapareceram. Anteriormente era possível buscar empresas por tamanho, localidade, setor, mas esta funcionalidade também não existe mais.

Da mesma forma, recrutadores que não assinavam uma conta paga ou não possuíam a conta business, agora não conseguem mais localizar candidatos facilmente. Sendo assim, a conta Recruiter será necessária para este público.

E o motivo das alterações é claro, o Linkedin quer aumentar a receita que vem das contas pagas, que hoje representam menos de 30 % da receita anual da empresa. Há 2 anos criaram o Sales Navigator, uma plataforma para prospecção de clientes, nesta conta continuam as funcionalidades que foram retiradas da conta básica.

"Eu, por exemplo, nunca usei o Sales Navigator, nem para mim e nem para meus clientes, mas com a nova interface assinei a conta no mesmo dia que observei como ficou depois das alterações. Para prospecção mais assertivas será inevitável usar o Sales Navigator", explica Denise.

Dicas para otimizar a utilização da nova interface

Nesta repaginação do Linkedin ficou faltando um recurso específico para buscar canais de notícias ou "influencer" para seguir pelo Pulse. Isso não existia na interface anterior e havia uma grande expectativa que seria contemplado na nova interface, mas não aconteceu.

"Minha dica para usuários que, assim como eu, apreciam a plataforma de publicações, é usar como alternativa salvar a URL que dá acesso direto a cada canal. Vou deixar aqui a dica de como acessar o canal de Notícias e Opiniões, basta clicar em https://www.linkedin.com/pulse/feed/channel/noticias e depois em SEGUIR e, a partir de então, o usuário vai receber na página principal todos os artigos publicados por este canal", sugere a especialista.

E tem uma dica que serve para todos: "Não adianta "chorar o leite derramado", se você usa o LinkedIn profissionalmente, considere a compra do Sales Navigator ou Recruiter. Agora se o seu uso é voltado para sua carreira ou, se você não atua no B2B e quer usar a plataforma só para conectividade e informação, explore bem a nova interface e rapidamente se acostumará", pondera Denise Maia.

Denise Maia é especialista em marketing pelo IBMEC-SP

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