África do Sul investe na sustentabilidade em eventos

Foi-se o tempo em que os organizadores se interessavam apenas na estrutura que a cidade sede oferecia aos delegados que chegavam para um grande evento

Divulgação: https://www.meetingsafrica.co.za/news:23

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A tendência atual é que estes organizadores tenham uma preocupação em relação a temas gerais, como sociais, econômicos, ambientais, estruturais, entre outros. Ou seja, que influenciem diretamente na qualidade dos moradores da cidade em que o evento é realizado.  Para atender esta demanda, a África do Sul desenvolveu o Índice de Cidades Sustentáveis. Financiado pelo South African National Convention Bureau, o Índice leva em conta o fato de que as cidades enfrentam tensões importantes, como por exemplo, lidar com a escassez de água a até enfrentar as consequências das mudanças climáticas. 
Embora algumas ações sejam pontuais e realizadas apenas durante o período do evento, enquanto os visitantes estão na cidade, é importante ressaltar que as iniciativas são de extrema importância para uma cidade lidar com os desafios de uma forma eficaz para os seus residentes permanentes. Este conceito sublinha o princípio central das cidades sustentáveis: pessoas, planeta e lucro.
O primeiro Índice de Sustentabilidade de Destino Global (GDS-Index) foi lançado em 2016 e inclui as cidades sul-africanas de Durban, Cidade do Cabo e Tshwane. Com apenas 35 cidades de cinco continentes incluídas neste índice, o significado da conquista da inclusão das cidades sul-africanas é evidente. O Índice de Sustentabilidade de Destino Global calcula a pontuação da cidade de acordo com o desempenho em quatro critérios: estratégia ambiental da cidade e infraestrutura; desempenho de sustentabilidade social da cidade; apoio ao fornecedor da indústria; e estratégia e iniciativas do Convention Bureau.
A participação da África do Sul no índice GDS foi facilitada pelo Event Greening Forum (EGF); um órgão que se esforça para alcançar o delicado equilíbrio entre o uso intenso de recursos que é inevitável na realização de um evento e os benefícios que podem ser desfrutados pelas cidades anfitriãs. Este equilíbrio é melhor alcançado pela formulação e adesão a diretrizes rígidas que ajudam a direcionar a implementação de práticas e processos que são mais favoráveis ao meio ambiente.
Embora a África do Sul tenha feito grandes progressos nesta área - como indicado pela própria inclusão no índice "é inegável que ainda há muito trabalho a ser feito. Prova disto são as colocações que as três cidades ficaram entre as 35 que compõem o índice: Durban ficou em 19º lugar, a Cidade do Cabo em 21º lugar, e Tshwane em 23º.
Os envolvidos no projeto concordam que a participação sul-africana é um sinal evidente de que o trabalho em adotar práticas mais verdes começou, mas ainda não está completo.  A atual situação também estabelece um objetivo para que as cidades trabalhem e melhorem a sua colocação até 2018, quando o próximo índice GDS será compilado.      

Fonte: Meetings Africa 2017 - www.meetingsafrica.co.za